"Quando não se informa o que se tem e como se obtém, até os ganhos são colocados no "saco das perdas". É preciso ressaltar os ganhos mantidos e ou agregados nesse tempo de crise, a fim de serem conhecidos pelos integrantes da organização e servirem de elementos potenciadores de motivação".
Numa dada comunidade, viviam três famílias: uma Rica, uma Média e outra Pobre. Cada família tinha um filho e esses eram amigos. Mané, Dodó e Jojó, apesar das diferenças económicas, viviam no mesmo bairro e frequentavam espaços e brincadeiras comuns.
A família Rica abastecia, conforme as suas enormes possibilidades, o seu filho único e explicava o que fazia para ter os bens e o dinheiro de que dispunham, ensinando ao filho como proceder para duplicar e triplicar os haveres. Fruto dessa comunicação permanente, o Jojó conhecia as rotinas e esforço empreendido pelos pais para ter o que usufruía.
Por seu turno, Dodó, nascido na família Pobre, não passava do bombo com jinguba ao matabicho. Mesmo assim, os pais de Dodó explicavam as desgraças por que haviam passado, o esforço que faziam para viver e se recompor, enfatizando também quanto ganhavam e o que pretendiam para o futuro do filho. Dodó, pobre, ouvia, acatava e compreendia. Sabia que tinha menos do que o Jojó, cujos pais eram abastados. Tinha consciência de que apesar de ter um amigo resmungão, também tinha menos que Mané, o filho do comerciante Manuel Silêncio, que vivia permanentemente a reclamar dos pais.
Manuel Silêncio era um comerciante com posses médias. Talvez por causa do tempo que não tinha ou por ser sua natureza, poucas vezes se sentava à mesa com o filho, explicando o que fazia, o ganhava e o que podia gastar. A falta de informação fazia de Mané um permanente insatisfeito, mesmo quando os país proporcionassem para ele alguns bens que podiam ser extravagantes para o pobre do Dodó.
Mané pensava que até Dodó vivia melhor do que ele pois nunca reclamava dos pais enquanto brincavam.
Sabe onde reside a diferença entre estes três meninos?
Diálogo. Comunicação entre os integrantes da organização ou família.
Quando não se informa o que se tem e como se obtém, até os ganhos são colocados no "saco das perdas". É preciso ressaltar os ganhos mantidos e ou agregados nesse tempo de crise, a fim de serem conhecidos pelos integrantes da organização e servirem de elementos potenciadores de motivação.
Luciano Canhanga, Director do Gabinete de Recursos Humanos do MGM
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