Geração X é uma expressão que se refere, segundo alguns teóricos da sociologia do trabalho, aos indivíduos nascidos entre meados da década de 1960 e início da década de 1980, ou seja, durante os anos que se seguiram ao baby boom do pós-IIGM, verificado entre 1946 e 1964. Depois deles, surge a geração Y que abrange os nascidos entre os anos 80 e 90 (sec. XX), quando o mundo se tornou essencialmente tecnológico. São tidos como tendo crescido com amplo acesso à informação e ao conhecimento e foram moldados por essa realidade, tornando-se pessoas mais curiosas, inquietas e movidas por desafios. Será que em países como Angola dominam tudo?
Aqui deposito algumas reflexões fruto de Vivências e Pesquisas.
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quinta-feira, setembro 01, 2022
A LÍNGUA PORTUGUESA E OS ANGOLANOS DAS GERAÇÕES X E Y
Há muito tomei conhecimento que faço parte de uma geração que não domina língua nenhuma. Nasci ao tempo em que era Presidente da República o General Spínola (durante o governo de transição). Em Angola, os tempos eram de expurgar tudo o que havia sido "imposto" aos nativos, até as coisas de validade eterna como a Língua que se tornou primeira para muitos de gerações posteriores. Levou-se ao "caixote de lixo" a língua do esclavagista, mas não se deu ao "homem novo" instrumentos científicos para a aprendizagem de línguas que hibernaram, ficando na oralidade. Com professores que diziam ensinar numa língua que desprezavam e não dominavam, eis-nos, aqui chegados, com canudos e petulantes, sem língua nenhuma para nos orgulharmos, comunicando eficazmente nas suas diversas formas de manifestação (gráfica e oral).
Que língua domina as gerações X e Y?
Os mais velhos têm a vantagem de terem aprendido, de modo seguro e eficiente, uma língua que nunca desaprenderam.
A nós, vieram dos maquis "professores" que não dominavam a língua portuguesa, mutilando-nos. Com eles, veio um suposto "nacionalismo linguístico" que nos levou a não aprender o que devíamos, como também não aprendemos língua africana nenhuma.
E andamos feitos morcegos: nem português sabemos, nem línguas africanas (bantu ou pré-bantu) dominamos (sobretudo na sua forma de representação gráfica).
Quando alguns despertavam do sono e do ópio em que estavam mergulhados, veio a implementação, por parte de Portugal e Brasil, do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa de 1990, do qual Angola não aderiu (ainda), deixando-nos cada vez mais perdidos, muito confusos e confundidos.
- Que caminho/versão seguir?
Estávamos ainda a despertar de um sono e etilismo profundos.
Não aprendemos o que devíamos ter aprendido e surge uma maneira diferente de grafar e, sobretudo, de acentuar. É quilómetro ou quilômetro? Estômago ou estómago. Feiura ou feiura? Quota ou cota? Esclavagista ou esclavagista? Certo que disso há consequências!
- Que nos resta?
Humildade, atenção à forma de grafia e uso correcto, leitura permanente dos que conhecem e usam correctamente a língua portuguesa e baixar as orelhas às críticas de quem nos aponte os erros.
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