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quarta-feira, maio 25, 2022

KAJILA K'ELOMBO (tentativa autobiográfica)

I
A nível internacional, o governo de Caetano tinha sido derrubado pelos capitães de Abril e era Spínola quem mandava em Portugal. Internamente os Movimentos de Libertação Nacional afinavam estratégias e alfinetavam-se para proclamar a solo a independência, a faltar seis meses.
O Kuteka estava enlutado. Tinha partido Ñana Ñunji Kitinu, o rei.
Kilombo Ki'Etinu, também conhecida por Maria Canhanga, estava concebida, primeira gestação de sua nova relação com o filho do forasteiro Ñana Muryangu, depois de sucessivos abortos até se tornar viúva de Kafanda.
Nascia assim, no dia consagrado à África, Kajila k'Elombo ou Luciano, homónimo do irmão mais novo de António Fernando Ndambi, adquirindo, mais tarde, o apelido materno, Canhanga, por ter nascido no óbito daquele e ter sido registado já com o pai finado.
Luciano nasceu "acidentalmente" na aldeia de Mbangu yo'Teka (Mbango-de- Kuteka) a comunidade natal do rei Ñana Ñunji Kitino Mungongo (Canhanga) entronizado na capital da região, Mbaze yo'Teka. Corria o ano de 1974 (segundo dados compulsados).
Até aos 4 anos, viveu em Kitumbulu, encosta montanhosa que separa o Kuteka do Lussusso, onde o avô parterno cultivava café banana e outros agroprodutos.
No ano da Agricultura (1978 em que o pais conheceu seca severa), António entende abandonar o pai e construir a sua vida perto do asfalto e da escola para os filhos. Enceta a migração com o seu primo Xika Yangu que era, à data, soba da aldeia de Mbangu-Kuteka. É exactamente neste ano que falece o avô Ñana Muryangu.
Em 1979, ano da formação de quadros, Kajila é matriculado na iniciação (pré-kabunga de então), percorrendo a pé a distância que separa a antiga Fazenda Israel à aldeia de Kalombo (uns 5 km a multiplicar por dois).
O aumento do número de alunos na antiga fazenda Israel (rebaptizada Hoji-ya-Henda), onde também vivia o professor José Borracha, fez deslocar a escola de Kalombo para a antiga instalação pecuária da fazenda, no ano lectivo 1980/81. Foi neste ano em que viveu a sua primeira experiência de actividade na OPA, quando participou da recepção ao Comissário Provincial Armando Dembo que visitara a fazenda Tabango.
A segunda classe foi frequentada em sala construída entre as aldeolas de João Salomão e Azevedo Kambundu. Já a terceira, fê-la no antigo acampamento junto ao campo de aviação, sendo professor das duas classes Jorge Manuel Carlos (Kakonda).
Foi o período áureo de toda a aprendizagem social e cultural, com intensa actividade virada às práticas ancestrais como: pescas (isca, cesto e envenenamento), caça (manipulação e fabricação de diversos tipos de armadilhas), agricultura e fundição de ferro através de fole (com o mestre Xika Yangu).
Em 1982, António Ndambi viria a falecer em Luanda, numa altura em que Kajila k'Elombo frequentava a instituição social onzo-i-mema (circuncisão), apartando-se do convívio com os demais parentes e aldeões enquanto durou a iniciação masculina.
Os dois anos que se seguiram, 1983 e 1984, foram marcados pela presença da guerrilha (UNITA) com ataques a veículos, minagem de estradas, ataques e pilhagens de aldeias, raptos, etc. São memoráveis as inúmeras noites passadas nas matas e as caminhadas, em recuo, para Fuke, Katoto, Kandemba e o ataque à Munenga, em Fevereiro de 1984, e consequente refúgio temporário (entre 15 a 30 dias) na aldeia de Samba Karinje.
No aspecto religioso, a sua primeira experiência dá-se em finais de 1983 quando o primo e professor Jorge Carlos o convida a frequentar a Igreja Cheia da Palavra de Deus. Foram poucos meses, pois a guerra tudo interrompeu.
Deixaram de ser feitas a agricultura, a pesca e a caça permanentes. Apareceram os recuados da Kisala, Kisongo, Longolo e outras localidades e iniciou também o abandono da região adjacente à fazenda Israel, hoje aldeia de Pedra Escrita.
Em 1984, Kilombo Ki'Étino (Maria Canhanga) abandona a aldeola de Limbe (extinta) e segue para Luanda, onde permanece 3 anos (vide bio Kilombo ki'Etinu em Comunicação, Etnografia, Linguística e História: KILOMBO KI'ETINU (olhoensaios.blogspot.com)

II
Kuteka, Israel, Kalombo e Limbe eram conglomerados sem energia eléctrica, onde o pirilampo, à noite, era alegria para os pequenos.  Fuke e Munenga, com lâmpadas acesas e muitos carros que passavam ou pernoitavam no motel do alemão Ngana Mbundu eram, aos olhos de Kajila k'Elombo, já cidade, daquelas que via apenas nos rolos fílmicos.
Antes de ir a Luanda, conheceu Kalulu, aonde fora com a mãe em busca de guia de marcha obrigatória naqueles anos. Kalulu era enorme aos seus olhos. A capital do Libolo mostrava-se tímida e destruída pela Unita que a atacara em Setembro de 1983.
Dias depois, em Maio de 1984 chegava à capitalíssima. A viagem durou 3 dias e foram "descarregados" nas imediações do Jumbo onde se estendiam duas ruas largas e com postes de iluminação muito altos. Numa das paredes estava desenhado um belíssimo Scania "cabeça burra".
Maria com embrulho à cabeça,  Emília às costas e dois outros puxando pelas mãos, ergueu os olhos, tirou as medidas e descobriu a estrada que os levaria em direcção ao Hospital "Sô" Paulo. Daí em diante era já Rangel, onde vivia o irmão Ferreira.
No Kaputu, Kajila k'Elombo encontrou que  brincadeira dos miúdos espertos era levar os recém-chegados aos becos e abandoná-los para que se perdessem, provocando o "nanyi wangibongela kambonga kadyalaêêê"¹. Mas Kajila k'Elombo já sabia ler e decorava os nomes e os números das ruelas e ruas por onde passava, bem como as desembocaduras destas.
Em Setembro, as aulas iniciaram. Vontade de voltar à escola era enorme, mas cédula pessoal não tinha. Para não ficar só aí, um irmão² que ensinava a segunda classe na Escola Grande da Terra Nova colocou-o na sua turma (sala 18). Assim repetiu a segunda e a terceira que não tinha acabado no Libolo.
Nos anos da RPA, todo o petiz ingressava à escola e simultaneamente à OPA. As batas escolares haviam sido substituídas pelo uniforme azul-celeste da OPA. Assim, nos três anos passados na Escola Grande, Kajila foi sempre chefe de brigada (turma), sendo Chefe de Estrela o coordenador-geral, professor Ki-Ngibanza.
Numa altura em que todo o abastecimento de géneros alimentícios e outros bens passavam pelo enfrentamento de bichas, o rapaz amestrou-se nas matérias que encontrou e era o responsável pela feitura de compras nas "lojas do povo" e depósitos de pão, gás, talhos e peixarias, ao que a família era brindada com parte destes bens. Em terceira linha paralela, fazia venda de restos derretidos de sabão, descartados pela Induve, a que chamavam "sabão cocó", cuidando ainda de levar o milho e massambala (negócio da mãe) à moagem, o que lhe custava bulling da parte de outros infantes, assuntos que eram resolvidos a músculos, kafrikes e "basulas".
Em 1987, na quarta, foi sozinho ao Palácio tratar do sei B.I. Malgrado, perderia o recibo e a cédula, meses depois, impossibilitando-o de fazer o exame da quarta classe. Os tutores entenderam que o fizera de propósito para não estudar e transformar-se em bandido como acontecia com alguns garotos daquele tempo.
Para puni-lo e prevenir, transferiram-no, em 1987, para Kalulu onde, novamente, sem documentos, frequentou o 4° Semestre do ensino de adultos e o II nível terminado em Junho de 1990.
Em Dezembro de 1989, a vila de Kalulu fora novamente atacada e pilhada pela guerrilha, obrigando Kajila a caminhar até Mbangu-Kuteka, passando por Munenga e Pedra Escrita. Três meses depois, voltava a Kalulu e já não tinha nome nas novas turmas que se reconstituíram depois do ataque, nem no internato onde residia.
Sem reabastecimento e com ataques frequentes às viaturas procedentes do Sumbe e ou Luanda, a fome tomara conta do internato da Missão Católica. Os conhecimentos de corte e costura adquiridos entre 1987-88, quando viveu em casa do mestre Gonçalves Carlos, permitiram-lhe usar a máquina de costura da esposa do director Avelino Gangala, resultando em algumas esmifradas moedas e ou pratos de comida.
Terminado o ano lectivo, pediu transferência para a escola Ngola Mbandi, em Luanda, onde frequentaria, entre 1990 e 1992, o III nível.
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¹- Quem achou/acolhe um menino perdido?
²- Arnaldo Carlos é hoje Comissário-Geral da Polícia Nacional.
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III
Os três anos em Luanda, 1984-87, tinham permitido percorrer o Rangel, bairros vizinhos e a cidade. Os extremos eram o Kikolu do sabão cocó, a Samba do peixe para secar e Viana das castanhas de Caju. O Cazenga da Igreja Metodista, que entrou em definitivo na sua vida, e o Ngola Mbandi, vizinho do Nzamba 3 das compras, eram lugares por demais cognitos.
O envelope fechado e lacrado acomodava o certificado da sexta, assinado pelo director Narciso Francisco da Cruz, da escola Kwame Nkrumah, em Kalulu, e a guia de transferência que foram apresentados à direcção de Jacob António Cahisso. Corria o ano da reestruturação da economia e da democracia multi-partidária, 1990.
O acolhimento, por parte dos colegas da sétima, turma K, podia ser melhor, se o rapaz "saído do mato" não se diferenciasse pela sua rápida assimilação, fraco no vestir e um vocabulário rebuscado para um glosar pobre da maioria que não passava de um corriqueiro calão luandense. Kajila era já possuidor de um Dicionário Prático Ilustrado e uma Gramática José Maria Relvas.
Os primeiros relacionamentos eram marcados por bulling e aproximações forçadas em momentos de provas ou exercícios práticos de matemática e desenho.
Cristóvão Major (Man Cristo) era professor de Língua Portuguesa na sétima classe e jornalista da ANGOP. Tendo Kajila faltado a uma prova de conhecimentos, Man Cristo quis puni-lo mandando-o fazer a prova da oitava classe cuja matéria tinha alguma similitude. O espanto do professor foi notar que o rapaz da sétima completara, de forma assertiva, as respostas em menos de vinte minutos, atribuindo-lhe nota vinte.
Daí em diante, o seu nome tornou-se conhecido em todo o Ngola Mbandi, ganhando o convite para integrar a célula da JMPLA e a inscrição antecipada na Associação dos Alunos do Ensino Médio.
Já a oitava classe foi marcada pela participação nas olimpíadas escolar e municipal de Matemática, chegando a descobrir um exercício (polinómio) cujo conjunto de solução se apresentava errado no manual. Ficou conhecido como "o rapaz que corrigiu o livro de Matemática". Por mais incrível que pareça, o "rapaz da Matemática" tem nove valores no certificado da oitava, algo que só o professor pode explicar, talvez por lhe ter negado a grade de cerveja importada, volume de cigarros ou garrafa de whisky que os desonestos da época pediam a cada um dos alunos. Tinha caído o mono-partidarismo e todo o seu rigor em termos de probidade. A ética cedia, sem forças, o seu lugar à "gasosa" pujante e desavergonhada.
Diferente daquele mercenário transvestido em professor de Matemática, era o Man Cristo que convenceu Kajila a enveredar pelo jornalismo, o Manuel da Rosa "Rosinha" que leccionava Química e trabalhava no Jornal de Angola e outros poucos.
O ano lectivo 1991-92 foi curto, por causa das eleições, em Setembro, as primeiras em Angola. Os encaminhamentos tinham cessado e sido rebuscados os testes de aptidão para o ensino médio. Inexperiente, Kajila escolheu Geologia e Minas, no Sumbe, onde não chegou a estudar.
Frequentou, em 1993, um curso de operação de microcomputadores, na ENCO, aprendeu noções básicas de electricidade de baixa tensão (valeram os conhecimentos nas aulas de física no Ngola Mbandi) e fez crescer a sua Sala de Superação de Dúvidas e Reforço Escolar (explicação) iniciada em 1990.
Em mais um teste de aptidão, em finais de 1993, para o curso sugerido por Cristóvão Major, Kajila entra no IMEL em 1994, ganhando o epíteto de Star (estrela em Português) dado o seu aproveitamento acima da média para a sua condição social. É também dos poucos tratados pelos colegas (MUSSUND'AMIGOS) como "galo" (alusão ao facto de ter entrado e saído em 3 anos sem efectuar nenhum exame de recurso nem reprovação). No seu trabalho de fim de curso (médio de Jornalismo), em 1996, analisou a "Criminalidade em Luanda entre 1990-1995".
Afoito para o primeiro emprego, candidatara-se a vagas na educação (tendo leccionado dois anos lectivos na escola Pica Pau), na Secretaria de Estado para a Promoção e Desenvolvimento da Mulher e na LAC, tendo sido aprovado nos três, mas abdicado da SEPDM a favor de um amigo que não conhecera a mesma sorte na LAC (inicialmente programa autónomo Dicas da Cidade) e na Secretaria de Estado.
Entre 1997-98 lecionou no ensino primário público e esmerou-se como repórter-redactor na Luanda Antena comercial onde chegou a editor até 2006, altura em que se mudou para a diamantífera Catoca, onde fundou a Secção de Comunicação da empresa.
Em 2000, por via de teste de aptidão, ingressou no curso de licenciatura em Didáctica de História, ISCED de Luanda, e, em 2003, frequentou simultaneamente o 4° ano de História no ISCED e o 1° ano de Comunicação Social, novo curso aberto no ISPRA.
Colaborou, por ano e meio, na Orion, 2001-2002, reportando para o programa radiofónico Nação Coragem, tendo com o soldo juntando pratas com que comprou o seu primeiro Starlet em terceira mão.
O período 1990_2006 foi também intenso do ponto de vista religioso, na Igreja Metodista Unida, cargo pastoral de Moises, e na JMPLA, revelando-se como mobilizador, organizador de eventos comunitários (destaque para inúmeras campanhas de limpeza), realizador de debates entre jovens políticos (LAC) e dirigente ao nível do Secretariado do Comité Municipal do Rangel.
Tornou-se pai de Mohamed Mociano dos Santos Canhanga em 1997. Fustigado por uma guerra civil desde 1975, Angola já tinha as armas silenciadas desde 2002. O desafio era reconstruir e construir, formar e capacitar, para fazer o país andar e recuperar 27 anos de guerra destruidora. Kajila estava casado desde 2002 com uma jovem de Cazengo, de quem Gerou Luciano Delfim. 

IV

Em Abril de 2005, por sugestão de sua chefe, na LAC, Paula Simons, foi seleccionado para o Curso de Jornalismo destinado aos PALOP, organizado pela Fundação Kalouste Gulbenkian e realizado na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica de Portugal, em Lisboa. Fê-lo com dedicação e empenho aplicando na prática os conhecimentos teóricos. Exemplo disse foi a criação do blog www.mesumajikuka.blogspot.com em cadeira de jornalismo digital.

Voltou saudável e bem falante. Uma semana depois, a 01.06.2005, em companhia de colegas de trabalho, o carro conduzido pelo colega Pedro Menezes acidenta, resultando na morte do condutor e de outra colega. Kajila e a irmã da passageira da frente sobrevivem, mas com bastantes injúrias que o levaram a andar em cadeira de rodas e canadianas até voltar ao trabalho. Seguiram-se momentos de reflexão sobre o que ganhava e como viveria em caso de incapacidade total de trabalhar. Tal fê-lo mudar de ares, candidatando-se para uma vaga em Catoca. O curso de comunicação Social estava por concluir, mas foi. Foi nomeado primeiro responsável da Secção de Comunicação e Imagem que evoluiu, um ano depois, para Sector.

Em 2014, desejoso de aprender e fazer novas coisas, decidiu matricular-se numa pós-graduação em Gestão Empresarial com Foco em Pessoas (FAAG) e mestrado em Ciência Empresarial (UFP) que concluiria somente em 2020, obtendo 16 valores numa dissertação que analisou "A motivação dos funcionários do Ministério da Geologia e Minas", onde foi Director de RH desde 2015, a convite do Ministro Francisco Queiroz que o requisitou de Catoca.
Ainda na Lunda Sul, leccionou Língua Portuguesa na Escola Superior Politécnico da Universidade Lweji ya Nkonde (2012-2015) e no Instituto Superior Politécnico Lusíadas da Luanda Sul 2013-2015).
Na capital da Lunda Sul continuou a actividade político-ideológica, sendo Segundo Secretário do Comité de Especialidade de Ciências Sociais e Humanas. A actividade religiosa também esteve na mó de cima, sendo-lhe cedido regularmente o púlpito da Igreja Central onde foi vice-director da Sociedade de Homens.
Regressado a Luanda, em 2015, ministrou História do Jornalismo Angolano e Produção Radiofónica no Instituto Superior Técnico de Angola -ISTA- (2016-2020).
As eleições de 2017 levaram à fusão dos extintos Ministério da Geologia e Minas e Ministério dos Petróleos, dando em MIREMPET. Kajila k'Elombo foi convidado a dirigir o Gabinete de Comunicação do novel Organismo, merecendo novamente a confiança do Ministro Diamantino Azevedo na reforma dos Órgãos de Apoio ao PR de 01 de Abril de 2020 que redundou na fusão de algumas direcções. Kajila foi, ao nível do país, o primeiro Director de um Gabinete de Tecnologias de Informação e Comunicação Institucional de um Ministério (Junho 2020).

CF
Depois de abdicar das aulas, por insuficiência de tempo, enveredou por palestras e conferências sobre temas ligados à comunicação e motivação no trabalho.
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Em 2010 estreou na escrita criativa, tendo publicado o romance O sonho de Kaúia. Seguiram-se lhe 10encantos (poesia), Manongo-nongo (contos), O relógio do Velho Trinta (romance), O coleccionador de pirilampos (contos), Canções ao vento (poesia), As travessuras de Jack (novela) e Amor sem pudor (poesia). Participou de antologias publicadas em Angola, Roménia, Portugal, Brasil, África do Sul e Chile. Paralelamente, colabora, como cronista em medias como: Cruzeiro do Sul, Semanário Angolense, Jornal de Angola, Jornal Cultura, Nova Gazeta, Jornal de Economia & Finanças, O litoral, etc. 
 

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