Estive de 10 a 13.02 no Libolo, Kibala e Ebo. Uma das estórias que registei foi a seguinte:
Em Dalambiri, Ebo, no início dos anos 80, o catequista, que também era professor, tinha esculpido uma estatueta que designou por "burro".
Essa peça de madeira circulava de mão em mão dos meninos e meninas que fossem ouvidos a falar Kimbundu. Aquele que passasse a noite com o "burro" era castigado com palmatórias.
Tal visava, segundo os narradores, incutir entre os rapazes e raparigas o uso constante da Língua Portuguesa, instrumento de ensino e aprendizagem na escola.
Todos os oradores, maiores de 40 anos, referiam-se, nas suas narrações, ao termo Kimbundu e não usavam outra expressão para designar a língua local.
Pergunto: isso acrescenta alguma coisa ao debate?
- Para mim, fortalece o que tenho pesquisado e defendido: os povos do norte do Kwanza-Sul falam uma variante do Kimbundu.
=
Leia mais em: http://olhoensaios.blogspot.com/2019/03/quatro-notas-sobre-lingua-dos-kibala.html?m=1
e tb em: http://www.kalulo.com/index.php/cultura/antropologia/254-a-lingua-dos-kibala-kimbundu-ou-ngoya
Sem comentários:
Enviar um comentário