Os ambundu do Kwanza-Sul, província angolana cercada por Luanda , Benguela, Huambo, Bié, Malanje, KWanza-Norte e Oceano Atlântico, são tanto agro-pecuários, quanto caçadores e pescadores, actividades que melhoram a dieta alimentar, de si já rica, visto serem povos há muito sedentarizados.
A pesca é feita, normalmente, em rios, visto inexistirem grandes chanas e lagoas na região. Rios como o Kwanza, Longa, Ñya, Phumbwiji, entre outros, oferecem variadíssimos peixes, alguns de grande porte. O ngwingui/phonde (bagre grande), olundu (bagre pequeno) ikusu/ikele (tilápia), otimpa, iriuriu, (tuqueia), phele (espécie de corvina), hala (caranguejo de água doce), entre outras espécies, abundam as águas destas paragens.
A pesca é feita, normalmente, em rios, visto inexistirem grandes chanas e lagoas na região. Rios como o Kwanza, Longa, Ñya, Phumbwiji, entre outros, oferecem variadíssimos peixes, alguns de grande porte. O ngwingui/phonde (bagre grande), olundu (bagre pequeno) ikusu/ikele (tilápia), otimpa, iriuriu, (tuqueia), phele (espécie de corvina), hala (caranguejo de água doce), entre outras espécies, abundam as águas destas paragens.
Os povos Lubolu e Kibala pescam durante todo o ano, independentemente da estação, embora os meses de Julho, Agosto Setembro e Outubro, devido à baixa dos caudais, sejam os de maior aproximação do homem aos cardumes e concomitantemente os de maior captura. Mudam os meios ou instrumentos, em função do caudal e da estação.
Os anzóis são usados em qualquer época do ano, quer como armadilha, quer como instrumentos de pesca imediata. A par dos anzóis os ambundu do Lubolu e Kibala também usam as nassas (munjya/muzwa), cestos (kwalu) e composições de determinadas ervas que depois de trituradas são jogadas à água (kwimba) para entorpecer os cardumes que seguidamente são apanhados com os cestos. Esse tipo de pescaria é usado somente em pequenos rios ou trechos do rio isolados pela seca. Usa-se ainda a "tarrafa" através de arremesso de redes (wanda) e armadilhas de redes.
Quanto à produção dos instrumentos de pesca, os anzóis são normalmente de produção industrial, mas na sua ausência improvisam-se os de produção artesanal. Um pedaço de arame ou fio metálico, desde que maleável, serve de matéria-prima. A cana é normalmente um caniço improvisado e a linha é normalmente de nylon. As comunidades rurais e tradicionalistas desconhecem o uso dos carretos na pesca, embora usem as chumbadas. A garotada aprecia acoplar à linha um objecto flutuante (casca seca de cabaça) que sinaliza sempre que o peixe pique à isca. Isso torna a pesca menos frustrante e sobretudo um exercício prazeroso e relaxante. Quanto à isca, esta é normalmente à base de minhoca, salalé (térmita), pedaços de carne, peixe miúdo e outros condimentos. As redes são feitas igualmente de nylon e de cordas silvestres (redes de arremesso) carregadas de esferas (matalhi/matadi) confeccionadas à base de argila cozida. As nassas e cestos são feitos à base de fibras de junco ou de palmeira.
Para o êxito da pescaria nocturna, os povos do Lubolu e Kibala jogam também com a posição da lua, pois acreditam que "enquanto mais luz houver, menor serão os resultado da fainas".
Ao contrário da caça, a pesca é normalmente individual ou familiar (pai e filhos ou sobrinhos). Há ocasiões em que é realizada de forma colectiva. A aldeia ou parte dela organiza a pescaria e os proventos são repartidos de forma equitativa entre as famílias participantes, compensando-se os menos afortunados.
A sociedade rural, embora tenda a evoluir para o modelo patrilinear, vive ainda fortes resquícios do matrilinearismo, daí que o sobrinho ainda exerce grande influência e goza de regalias do tio (irmão da mãe) em relação ao filho. É ao sobrinho que ainda se contam os segredos e este vê igualmente o tio como o guardião das suas confidências e projectos. Aos cinco anos os rapazes iniciam-se na pesca com instrumentos simples.
Os anzóis são usados em qualquer época do ano, quer como armadilha, quer como instrumentos de pesca imediata. A par dos anzóis os ambundu do Lubolu e Kibala também usam as nassas (munjya/muzwa), cestos (kwalu) e composições de determinadas ervas que depois de trituradas são jogadas à água (kwimba) para entorpecer os cardumes que seguidamente são apanhados com os cestos. Esse tipo de pescaria é usado somente em pequenos rios ou trechos do rio isolados pela seca. Usa-se ainda a "tarrafa" através de arremesso de redes (wanda) e armadilhas de redes.
Quanto à produção dos instrumentos de pesca, os anzóis são normalmente de produção industrial, mas na sua ausência improvisam-se os de produção artesanal. Um pedaço de arame ou fio metálico, desde que maleável, serve de matéria-prima. A cana é normalmente um caniço improvisado e a linha é normalmente de nylon. As comunidades rurais e tradicionalistas desconhecem o uso dos carretos na pesca, embora usem as chumbadas. A garotada aprecia acoplar à linha um objecto flutuante (casca seca de cabaça) que sinaliza sempre que o peixe pique à isca. Isso torna a pesca menos frustrante e sobretudo um exercício prazeroso e relaxante. Quanto à isca, esta é normalmente à base de minhoca, salalé (térmita), pedaços de carne, peixe miúdo e outros condimentos. As redes são feitas igualmente de nylon e de cordas silvestres (redes de arremesso) carregadas de esferas (matalhi/matadi) confeccionadas à base de argila cozida. As nassas e cestos são feitos à base de fibras de junco ou de palmeira.
Para o êxito da pescaria nocturna, os povos do Lubolu e Kibala jogam também com a posição da lua, pois acreditam que "enquanto mais luz houver, menor serão os resultado da fainas".
Ao contrário da caça, a pesca é normalmente individual ou familiar (pai e filhos ou sobrinhos). Há ocasiões em que é realizada de forma colectiva. A aldeia ou parte dela organiza a pescaria e os proventos são repartidos de forma equitativa entre as famílias participantes, compensando-se os menos afortunados.
A sociedade rural, embora tenda a evoluir para o modelo patrilinear, vive ainda fortes resquícios do matrilinearismo, daí que o sobrinho ainda exerce grande influência e goza de regalias do tio (irmão da mãe) em relação ao filho. É ao sobrinho que ainda se contam os segredos e este vê igualmente o tio como o guardião das suas confidências e projectos. Aos cinco anos os rapazes iniciam-se na pesca com instrumentos simples.
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