«Vou à Luanda» está errado. Deve escrever-se «Vou a
Luanda». - Diz Rui Ramos na sua página de face book e prossegue:
«Vou ao
Cacuaco, vou a Caxito, vou a Benguela, vou ao Uíge, vou ao Cuito Cuanavale, vou
à Camama, vou a Benfica, vou ao bairro de Benfica, vou À Huila».
Os brasileiros escrevem «vou em Luanda». Nós não
escrevemos assim. Em Angola escreve-se «vou a Luanda».
Em todas as informações escritas que vejo espalhadas pelas cidades angolanas e principalmente em
Luanda profunda leio «Realiza-se..., Conserta-se..., Faz-se...» e muito bem,
pois nós não seguimos a grafia brasileira «se realiza, se faz, se conserta».
E atenção... os brasileirismos «demanda» e «renda» aqui
dizem-se «procura» e «rendimento» (renda é renda de casa)...
Quanto ao uso da crase, se persistir dúvida, faça o
seguinte exercício:
Venho de/da/do (Luanda, Huila, Huambo)
Nasci em/na/no (Benguela, Munenga, Libolo)
Vou a/à/ao (Catoca, Kibala, Sumbe)
Preposições DE e EM equivalem a topónimos que não se
podem considerar masculinos nem femininos. Aqueles que não são precedidos de
artigo (a/o).
Venho de Saurimo/nasci em Saurimo/Vou a Saurimo
Obs: sempre que estiver em presença de "à", lembre-se que se trata de contração de preposição "a" com artigo definido feminino "a". Logo, à=a+a.
Luciano Canhanga com Rui Ramos (in face book,12.08.2013)
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