O número indica "quantidade de seres e/ou coisas". Indica também a grandeza. Na hora das contas sobre os seus feitos (factum) os políticos gostam de enumerar números que indiquem grandezas. Preferem, por isso, usar sessenta minutos a uma hora. Mais de quarenta salas a uma escola... E é, sobretudo, quando se usa o quantitativo "mais" que a coisa ganha significado e interpretação diferentes.
Estamos a viver a abertura do ano lectivo e os políticos de todos os quadrantes fazem contas ao que foi feito no defeso das aulas para reverter o ainda elevado número de crianças fora do sistema escolar. Os discurso apontam, como sempre, "números ocos".
Um certo governante anunciou: "Construímos mais de cinco escolas".
- Terão sido seis ou cinco escolas e meia? (inexiste meia escola)
- Quantas salas terá cada uma das "mais de cinco" escolas e qual o universo de alunos a acolher?
E alguns dos jornalistas embarcam na mesma conversa intencionalmente codificada sem que consigam traduzir para os públicos (leitores, ouvintes e ou telespectadores) o verdadeiro significado dos números e a verdadeira mensagem do interesse do destinatário.
Só uma pergunta: Importa mais saber o número de escolas construídas ou o número de salas, localização e o universo de alunos que possam albergar?
1 comentário:
Pois é meu amigo! Os jornalistas embarcam todos no mesmo sistema dos governantes. Por um lado, sei que eles não podem opinar, mas que façam etrevistas o debates sobre estes assuntos, assim poderiamos ter a resposta que o meu amigo faz no fndo, "Importa mais saber o número de escolas construídas ou o número de salas, localização e o universo de alunos que possam albergar?".
Um abaço amigo Canhanga
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