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quarta-feira, setembro 25, 2024

LUCIANO CANHANGA (C.V.)

CURRICULUM VITAE 
LUCIANO ANTÓNIO CANHANGA
Principais Qualificações:
_____________________
·     Experiência em Comunicação (Jornalismo, Marketing, Assessoria de Imprensa), Docência e Gestão de Capital Humano.

Formação Acadêmica:
· UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA, PORTO, PT
Mestre em Ciências Empresariais, 2020. 
Tema: A Falta de Motivação e o Impacto nos Colaboradores: um estudo de caso no Ministério da Geologia e Minas 
FACULDADE DE AGUDOS, BRASIL
Pós-Gradução em Gestão Empresarial com foco em pessoas, 2015
·         Universidade Privada de Angola
Graduação em Comunicação Social                                           2008
·         Instituto Superior de Ciências de Educação
Didáctica de História (4º ano),                                                     2004   
·         Instituto Médio de Economia
Jornalismo,                                                                 1996                                             

Experiência Profissional:
_____________________
Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás:
- Director do GTICI, desde 2020 
- Director do GCII, 2018 a 2020 
Ministério de Geologia e Minas:
- Director do GRH, 2015-2018
Sociedade Mineira de Catoca, Lda:
- Assessor da Direcção de Organização e Pessoas, desde 2015 
- Chefe do Sector de Comunicação e Imagem de 2007 – 2015
- Chefe de Secção de Comunicação, Relações-Públicas e Protocolo 2006-2007 
Luanda Antena Comercial:
- Jornalista e Editor de 1996 - 2006
Rádio Difusão Portuguesa/Canal África
- Correspondente em Luanda, de 2004-2006
Jornal O Litoral
- Colunista desde 20023
Jornal de Economia & Finanças
- Colunista desde 2022 com pseudónimo Phande a Umba
Jornal de Angola
- Colunista desde 2017 com o pseudónimo Soberano Kanyanga
Jornal Nova Gazeta
- Colunista desde 2015 até à extrinção
Jornal Cultura
- Colunista, desde 2014
Semanário Angolense
- Colunista de 2014 até à extrinção
Semanário Cruzeiro do Sul
- Jornalista e articulista, 2009 até à extrinção

Jornal Expansão,
- Colunista (não permanente)
Instituto Superior Técnico de Angola
- Professor de Rádio e História do Jornalismo Angolano, 2015-2020
Instituto Superior Politécnico Lusíada da Lunda Sul
- Professor de Língua Portuguesa, 2013-2015
ULAN/Escola Superior Politécnica da Lunda Sul
- Professor de Língua Portuguesa, 2012- 2015
Igreja Metodista Unida-Moisés (Clube de Amigos do Jornalismo)
- Professor de Língua Portuguesa e Técnicas de Reportagem e Redacção, 1999-2001
Ministério da Educação:
- Professor primário, escola 524, 1996 -1998
Cursos Complementares:
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- Formação para membros de Conselhos Fiscais, ENAPP, 2024
- Curso de Economia Moderna, ENAPP, 2022
- Introdução à Administração Pública, ENAD, 2015
- Gestão de RH na Administração Pública, ENAD, 2016
- Planificação e Gestão da Formação, ENAD, 2017
- Gestão e Liderança de Equipas, INSIGNIS WEST; Lisboa, 2016
- Mini MBA sobre Administração e Gestão de Empresas, Catoca & Vantagem Mais, 2010.
- Relações Públicas Empresariais e de Estado, GESTINFOR, 2007
- Gestão de Crises, Catoca, 2006
- Gestão de Projectos, Catoca, 2007
- Avaliação de Desempenho, Accenture/Catoca, 2010.
- Gestão Moderna, Catoca & C4E, 2009
- Jornalismo de investigação, Banco Mundial e Centre WANAD, Bamako, 1998.
- Língua Portuguesa para jornalistas (Propedêutico), Univ. Catol. Angola, 2003.
- Jornalismo eleitoral, RTP e CEFOJOR, Luanda, 2005.
- Jornalismo digital e novas tecnologias de informação, Fund. Gulbenkian e Univ. Católica Portuguesa, 2005.
- Relações Económicas ACP-UE, Bruxelas, Bélgica, 2003.
- Oficina de Jornalismo, Saurimo, 2007.
Obras literárias
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- A Falta de Motivação e o Impacto nos Colaboradores: Estudo de caso no Ministério de Geologia e Minas, 2024 
- Kitotas: Recuos e avanços, 20023;
- O Sonho de Kaúia (romance), editora Mayamba, 2010; 
- Manongo-Nongo (Contos), TamodaEditora, 2012;
- 10Encantos (poesia) edição de autor, 2013;
- O Relógio do Velho Trinta (romance), Odracir/G.P. Bié-2014),
-O Coleccionador de Pirilampos (contos), LeyAngola-2014
- Canções ao vento (poesia) Creative by arp- 2015
- Amor sem pudor (poesia), Creative by arp-2018;
- As travessuras de Jack (novela) Tm Editora, Br, 2018
- Antologias: Angola (2), Portugal (1), Roménia (2), Brasil (1), África do Sul (5) e Chile (1).

Artigos:
___________________
- Bilinguismo entre os ambundu do Lubolu, 2023;
- A língua dos Kibala, Semanário Cruzeiro do Sul, 14 Novembro/07
- A língua dos Kibala: Kimbundu ou Ngoya?, Jornal Cultura, 24 Julho/16
- Os ambundu do Kwanza-Sul: delitos, transgressões e penalizações nas aldeias rurais, www.kalulo.com/index.php/cultura/antropologia
- Circuncisão entre os Kibala e Lubolu (iden)
- Visão do Estado Angolano sobre autoridade tradicionais (iden)
- Pescas fluviais no Lubolu e Kibala (iden)
- A indústria Rural dos Ambundu do Kwanza-Sul (iden)
- A caça entre os Lubolu e Kibala (iden)
- USOÑONA: Acto matrimonial entre os Lubolu, Kibala e outros ambundu do K.Sul, Jornal Cultura, 13 Maio/17

Blogues temáticos:
_____________________
- www.agricultarte.blogspot.com

 Línguas:
_____________________
·         Português (Fluente)
·         Inglês (Advanced)
·         Francês (noções elementares)
·         Kimbundu
·         Umbundu
·         Ucokwe (noções elementares)

domingo, setembro 01, 2024

TANQUES NA ROTUNDA DA KIBALA

Junto à entrada à EN140, que nos leva da Kibala ao Mus(s)ende, há uma rotunda. Olhando para a esquerda, estão dois terrenos devolutos que guardam segredos de uma História ainda por escrever.

A rodovia que liga as localidades de Kibala-Karyangu-Mus(s)ende foi asfaltada na segunda década deste século (XX). Até 2010, era uma sofrível picada de terra batida que nos dirigia à Oeste de Kibala, empestada de minas pessoais e anti-carros implantadas pela Unita.
Na rotunda, as casas e casebres abeiraram-se da rodovia, restando os dois terrenos ainda devolutos em que se acham dois artefactos militares, ou seja, dois tanques de guerra que, para contar a história das agruras por que Kibala passou de 1984 a 2002, se juntam aos edifícios totalmente desaparecidos (a exemplo do Hotel Império), aos escombros dos que foram totalmente dinamitados e destruídos (Hotel Cunha) aos que sofreram destruição parcial ou outros ligeiramente estropiados. Não há edifício que não tenha sofrido nos diversos ataques infligidos à Kibala desde o fatídico 12 de Junho de 1984, data do primeiro ataque da Unita, a 2002, ano da proclamação da paz que vivemos até hoje.
Francisco Pinto, 65 anos feitos em Agosto de 2024, conta que em 1992, depois da desmobilização das FAPLA e criação do que era chamado de "Exército Nacional Único", as FAA, o Batalhão 722 chefiado pelo comandante Kandimba havia sido extinto e o comandante desmobilizado.
"Quando entrámos para as eleições, era comandante da região, pelas FAA, o Cara Podre que não havia sido desmobilizado".
O antigo Oficial Operatrivo no Batalhão 722 e no "Exército Único" saído dos Acordos de Bicesse, avança que até Novembro de 1992, militantes do MPLA e da Unita ainda coabitavam na vila da Kibala e até diziam que as escaramuças de Luanda não deviam ser replicadas na Kibala. Porém, conta, surpreendentemente a UNITA se retirou para Katofe e começou a bombardear a vila, matando várias pessoas como o professor Smith e sua mãe.
"Eu era amigo pessoal de kandimba. Ainda o aconselhei a ir a Luanda, depois de desmobilizado, mas ele me respondeu que aguentaria mais um pouco".
Tendo em conta a situação criada pela Unita, prossegue Francisco Pinto, o Comandante Kandimba teve de organizar os antigos militares desmobilizados para defender a vilar, só que não conseguiu obter o número desejado, tendo em conta a dispersão e a desmotivação de alguns para uma nova guerra.
"Em Finais de Janeiro de 1993 a Kibala recebeu reforço de tropas vindas do Waku Kungu. Como nem todos se conheciam (os da Kibala e os vindos do Waku) a Unita aproveitou infiltrar-se entre as forças e tomou a Vila, concentrando todo o seu fogo sobre os tanques que já não se movimentavam. O comandante Kandimba estava no primeiro que, embora ainda disparasse, não tinha mobilidade".
Pinto narra ainda que quando foi atingido o tanque tinha esgotado as "salvas" e jura que "Kandimba não foi capturado nem enterrado pelos familiares, pois ele se retirou do local e terá morrido em local incerto".
Um dos dois tanques que se acham na rotunda possui ainda a parte cimeira e o cano. O outro, desintegrado, que conserva apenas o esqueleto central e as esteiras locomotivas é nesse em que, na madrugada do dia 09 de Fevereiro de 1993, segundo Francisco Filipe tombou em combate o comandante Pedro Manuel Biano "Kandimba".