Por meio desta publicação, o autor convida o leitor a uma viagem de reflexão sobre um tema que tem sido muitas vezes levantado, muito mais fora do que dentro das organizações. Foi pelo questionamento e pelo desejo de saber "até que ponto a falta motivação influenciaria os resultados e a produtividade dos funcionários" no então Ministério de Geologia e Minas que o autor, enquanto funcionário da mesma instituição e em formação na Universidade Fernando Pessoa, estudando Gestão Empresarial, realizou a pesquisa quantitativa sobre a falta de motivação e o impacto nos colaboradores.
Trata-se, portanto, de um estudo que não perde o seu valor, dada a transversalidade do comportamento dos integrantes da administração pública angolana.
Soberano Kanyanga conjuga a busca pelas concepções ligadas à temática da motivação e a aborda a partir de olhares diferenciados, testando a sua praticidade no caso aludido. O trabalho serve também de peça constituinte da história da instituição no concernente ao tratamento dado à questão da gestão do capital humano, das mudanças operadas e das suas transformações.
O livro explora especificamente a problemática da falta de motivação e o seu impacto nos colaboradores, sendo a amostra de grupo-alvo constituída pelos colaboradores que incorporavam o colectivo do então Ministério.
Uma das qualidades deste estudo é a sua abrangência para a compreensão de grupos sociais e dos seus tipos de comportamento e concepções em relação ao trabalho.
Destaca-se aqui a importância dos questionários como instrumentos valiosos para o alcance das respostas das perguntas levantadas por esse estudo.
É possível compreender as influências das circunstâncias e de muitos factores do dia-a-dia do trabalhador, assim como as dinâmicas do espaço geográfico e os seus condicionalismos que são importantes para compreender as influências para a motivação ou a falta dela.
Ao lermos este estudo, ficamos satisfeitos e auguramos uma continuidade, porque a própria pesquisa provoca.
Aventamos, através de um olhar para o futuro, a possibilidade de este estudo abrir caminho, dialogar e motivar (sem falta) futuras pesquisas em outros contextos. Fica claro, a partir desta sua contribuição, que cuidar do capital humano deve ser feito com humanismo. E quanto mais for com razão e clareza, melhor, porque o desenvolvimento de uma empresa/instituição e de um país dependem muito do seu principal activo, as pessoas, que não dependem apenas das regras da disciplina diária e rígida, porém, de algo mais, que não é simplesmente de ordem material.
Que as pessoas e as organizações, a quem este estudo se destina, possam tirar proveito desta singela contribuição".