Numa dada formação que frequentei sobre
Gestão de Capital Humano nas Organizações, o mestre falava, a dado momento,
sobre os "pesos mortos", suscitando grande interesse dos estudantes.
E dizia ele que “pesos mortos” eram as
pessoas que sempre se faziam presentes ao local de prestação de serviço mas que
nada moviam para dinamizar as rotinas de trabalho e o crescimento das organizações.
Pessoas que se constituíam em “peso” porque têm honorários e outras regalias,
mas “mortas” porque não acrescentam valor à equipa e à organização.
O “peso morto” é alguém excessivamente burocrático, que nunca traz algo de novo,
não faz o que dele se espera e está sempre resistente a novas ideias. É aquele
que está sempre a escudar-se no jargão "aqui sempre fizemos assim",
porém, nunca faz nem como "sempre se procedeu no passado" nem como se
pretende inovar.
E lembrava o mestre, uma célebre passagem
de Einstein que atesta que para se ter
resultados diferentes é preciso fazer de forma diferente ou inovadora. "Tolo é quele que faz as coisas do
mesmo jeito augurando por resultados distintos".
O “peso morto”, segundo o professor que
venho citando, apesar da sua inércia, almeja sempre posições de conforto ou de comodismo.
Alcançar a chefia é o seu mais alto desiderato. Uma vez indicado para um posto
de liderança, o “peso morto” confia tudo à equipa, inventa reuniões (quando
realmente existem nunca contribui com inovações, entrando calado e saindo mudo
dos encontros em que participa). Junto dos seus colegas de equipa, o “peso
morto” apresenta frequentemente um semblante cansado e carregado, como se
estivesse muito atarefado e sem tempo para mergulhar nos desafios da equipa e
com ela encontrar soluções.
Na verdade, “o peso morto” não sabe executar tarefas, nunca foi bom técnico
e evita que os seus liderados se apercebam de suas fraquezas profissionais. É
por isso que, quando nomeado, o peso morto se "tranca na chefia".
O “peso morto” é pernicioso às organizações pois distribui energia negativa
à equipa. Contribui para a desmotivação dos colegas de jornada. Depaupera a
organização a que está vinculado. É um esforço e nunca um reforço para a equipa
e a organização.
Aí onde haja esse tipo de colaboradores
ou quem se reveja nessa triste condição, deve seguir apenas um de três caminhos
possíveis:
ou se regenera, pois ainda vai a tempo de seguir a caravana dos que realmente se empenham
e preocupam com o trabalho;
ou se aposenta, cumprido o tempo de serviço ou idade para a reforma;
ou procura por uma organização em que não se peça trabalho, inovação e
lealdade aos princípios corporativos.