Depois de uma experiência que deu muitos frutos que foi o
Clube de Jovens Amigos de Jornalismo afecto à Igreja Metodista Unida de Moisés,
em Luanda, nos idos de 1999-202, voltei a transmitir os “parcos” conhecimentos
que possuo a jovens candidatos a jornalistas.
Desta vez, 14-16 Mar.2013, a curta formação foi para jovens da Lunda Sul, a pedido da Comissão de Comunicação da Diocese de Saurimo que se prepara para a eventualidade de ter uma rádio diocesana. Dez jovens, na flor da idade, ávidos de conhecer o “A,B,C” do jornalismo radiofónico (radialismo), uma área em que trabalhei cerca de dez anos na LAC.
Desta vez, 14-16 Mar.2013, a curta formação foi para jovens da Lunda Sul, a pedido da Comissão de Comunicação da Diocese de Saurimo que se prepara para a eventualidade de ter uma rádio diocesana. Dez jovens, na flor da idade, ávidos de conhecer o “A,B,C” do jornalismo radiofónico (radialismo), uma área em que trabalhei cerca de dez anos na LAC.
Depois de uma parte introdutória onde abordamos os conceitos
de Jornalismo, radialismo, notícia, entrevista, Reportagem, etc., entramos para
a parte teórico-prática.
_ Como se deve
posicionar o repórter no momento da colecta de informação? - Perguntei.
O consenso foi que deve situar-se como uma câmara situada na
última bancada de um estádio, numa posição que permita registar tudo o que se
passa no campo e na bancada. Portanto, o repórter deve ver bem e ouvir bem. Depois
disso deverá saber traduzir o que viu e ouviu bem, confrontar os dados (aplicar
o senso crítico) e redigir com base no que considerar mais importante. A questão
“O que é mais importante, entre o que vi
e ouvi, que permite a hierarquização dos dados e/ou noticias, deve estar sempre presente no acto da redacção
da notícia.
E os jovens foram ao campo para dez minutos, assistir ao
intervalo dos alunos da missão masculina. O resultado não podia ser outro: BOM,
para quem tem o primeiro contacto. Essa juventude pode ser boa, se não herdem os
maus vícios da velha-guarda.
As diferentes formas de iniciação do
Lead (parágrafo cabeceiro da notícia), Etíca e Deotologia Profissional, Direitos e dveres dos Jornalistas, Incompaptibilidades, entre outros temas, seguidos de exercícios práticos, em forma de oficina, foram transmitidos aos entusiástas jovens. Espero que haja mais formação e que, à semelhança de Zenilda Volola, Júlia Vigário, Faustino Hossi, Manuel Kitari, Adão Tiago, entre outros que são nomes sonantes, hoje, do jornalismo que se faz em Angola, estes jovens de Saurimo, atinjam o "sol".
Os jovens em formação |
Ao fim de três dias, um sentimento de dever cumprido e uma sensação de que os jovens
têm muito potencial e estão motivados a fazer um jornalismo sério e diferente
do que temos vindo a conhecer.
Oxalá que esse primeiro
contacto com as "noções teóricas e práticas elementares de
jornalismo" não seja a única formação.
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