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quinta-feira, fevereiro 15, 2018

ENTRE PROMOVER O CONSUMO E POUPAR PARA O ESTÓMAGO

Acordei tropeçando em sapatos que raras vezes uso. Abri o roupeiro e deparei-me com muito vestuário que uso de vez em quando ou quase nunca.
 
Vivemos comprando coisas que não precisamos; Com o dinheiro que não é nosso (créditos bancários); Para parecer que somos o que não somos (financeiramente folgados). É óbvio que não precisamos de viver no limite das possibilidades, tendo apenas o estritamente necessário. Porém, também não precisamos de ter “a máquina consumista” no limite de potência, entrando em descompasso caso o “equipamento” entre inesperadamente em actividade. Tal se formos mais comedidos nas compras?
 
Os especialistas em marketing sempre nos impingirão a comprar cada vez mais e satisfazerem, desta forma o desejo dos vendedores e prestadores de serviços para quem trabalham. Os fabricantes e prestadores de serviços (combinados ou desagregados) vivem da produção e venda. É o consumo que gera crescimento. É estimulando o consumo que a moeda circula. Mais consumo resulta em mais dinheiro e mais investimentos. Teorias conhecidas mas que, a meu ver, e para quem junta cêntimos para ter o que levar à boca, deve ter a noção de que hoje, os produtos e até os serviços que se prestam são dimensionados no tempo. Desvalorizam-se à velocidade da criatividade e da moda, tornando-se muito efémera a sua duração. Você compra um veículo cujo design é atraente. Seis meses depois sai um novo modelo com um design “irresistível”. Você precisa de veículo em bom estado técnico para se locomover ou precisa de andar naquele com novo design?
 
Quem segue perdidamente a moda ou os apelos dos "marqueteiros" apenas vai dançando a música dos PRODUTORES amplificada pelos homens da PROMOÇÃO. Você será o homem ou a mulher que sempre estará na PRAÇA, comprando a qualquer PREÇO, com o dinheiro que (ainda) não é seu. E vai trabalhar cada vez mais para pagar o que você deve ao banco que também lucra com os juros. Ou você descarta a moda que o leva a usar produtos perecíveis e supérfluos ou sentir-se-á como eu que, mesmo estando desalinhado com a moda, sinto-me ainda cheio de coisas que me parecem estar a mais.
Pense nisso antes de se fazer á praça! 

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