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terça-feira, agosto 15, 2017

POR QUÊ MUDAR?


 
No dia primeiro de Junho/2017 tivemos a honra de representar o titular deste Departamento Ministerial num evento organizado pelo INITI, Instituto Nacional de Inovação e Tecnologias Industriais, sob o lema: Pensar Indústria – O Desafio da Inovação para a Competitividade da Indústria Nacional:
Numa primeira leitura, se pode deduzir que as discussões sobre competitividade se tenham restringido aos fornecedores de produtos, ou seja à indústria. Não! A Competitividade é transversal aos fornecedores de serviços aos utentes, como é o nosso caso, Funcionários Públicos.
 
E não foi em vão que foi formulado um apelo a todos os presentes (representantes de ministérios e serviços da administração directa e indirecta do Estado) no sentido de promover e disseminar a inovação ou as boas práticas em termos de produtos (indústria) e serviços (administração), procurando fazer mais com menos recursos humanos, temporais e financeiros.
 
Os organismos também foram instados a “olhar para fora da caixa” no que tange a capacitação de seus integrantes, de modo a se mitigarem os males que inibem a criatividade e a inovação.
 
Inovar é: introduzir algo novo ou modificar algo já existente para melhora-lo. Por isso, a busca incessante de inovações ou melhores resultados deve perseguir o funcionário público no seu dia-a-dia. É preciso fugir dos modelos antigos, pouco produtivos, e introduzir novas rotinas que resultem em melhorias contínuas dos processos de acolhimento, atendimento e formulação de respostas, reduzindo o tempo, emprego de homens que realizem a mesma tarefa, etc.
 
Inovação é, em suma, melhorar o desempenho das pessoas (funcionários) e das organizações. Daí que os profissionais não devem estar presos às velhas práticas, defendendo-se, como se ouve com frequência, que “aqui sempre fizemos assim”. Devemos sempre tentar fazer diferente.
 
As lideranças devem ouvir os integrantes de suas equipas. A melhor ideia para revolucionar um procedimento pode vir de um assistente de limpeza ou de quem menos se espera.
 
Já dizia Albert Einstein que “tolice é fazer sempre do mesmo jeito e esperar por resultados diferentes".
 
Sendo a resistência à mudança um dos problemas que emperra a inovação nas organizações públicas e privadas, o apelo vai para o seguinte: é importante ter em conta que mudar ou afinar os procedimentos não é recuar nem buscar o impossível. Se é resistente à mudança, saiba que você tem apenas dois caminhos: ou você muda ou você é mudado(a), pois num ambiente competitivo a mudança é irreversível.
Pense nisso e se é resistente às inovações mude enquanto é cedo!
 
 

terça-feira, agosto 01, 2017

VENDO BEM: ANTOPONÍMIA BANTU

- Na Pasa; Sa Lutenda; Mama ly´Atimba; Tata lya Juá... não passam de nomes que ganham os progenitores depois do nascimento do(a) primeiro(a) filho (a). Era assim antigamente a atribuição de antropónimos (nomes de pessoas). 

Para a comunidade rural angolana, sendo a paternidade/maternidade um marco muito importante, o(a) genitor(a) passava a ser chamado(a) pelo nome do(a) filho(a), antecedido do prefixo equivalente na língua local a palavra pai (sa em Cokwe e tata em kimbundu), passando-se o mesmo com a genitora (na ou mama nas duas línguas em que fiz a pesquisa) passando a "mãe de fulano (a).

Situações semelhantes verifiquei no Mali e Guiné-Konacri. Já para os europeus, os antropónimos e depois os apelidos surgiram para diferenciar os indivíduos em função da ocupação. Assim, surge o Pedro (pedreiro), diferente do Jardim (jardineiro), do Backer (padeiro em inglês), etc. 

Entre os Bantu, o homem social ganhava estatuto depois de se tornar pai/mãe.